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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ônibus

Fiz recentemente uma viagem longa. Bem longa. Ela serviu pra me fazer pensar e refletir a diferença da vida real e da vida dentro de um ônibus. Quando se trata de ônibus fica tudo muito diferente e desafiador, a começar pela escolha do lugar. Algumas regras são simples como, por exemplo, a de que se você tiver preferência de acento na hora da compra em 97% das vezes ele estará ocupado. Mas tudo bem, o negócio é chegar no destino, não é? Então é bom aproveitar esta pequena injeção de ânimo do “importante é chegar”, pois mais tarde será necessária, afinal viajar ao lado de uma pessoa que você nem conhece mas ela já está sem calçados (só de meia soquete) e roncando ao seu lado não é a coisa mais agradável do mundo.
Ônibus tem disso. As pessoas ficam mais íntimas mesmo sem se conhecer. E é engraçado, afinal, estou no quarto mês de namoro e e tenho vergonha de rir com barulho ao lado da minha namorada. Que dirá então roncar.
O bom é que no acentos temos 2 opções: ou viajamos no nos lugares do fundo, onde ficamos gostosinhamente com o cheiro do banheiro grudado em nossa narinas e línguas, ou ficamos na frente, que apesar de não ter o gostinho “enfezado” da parte de trás, nos coloca o desafio de chegarmos no banheiro sem obter nenhum hematoma em nossas canelas, pois todos sabem o quanto o ônibus sacode, o exagero de escuridão que é lá dentro e a quantidade de gente espaçosa que dorme atravessada nos corredores.
Mas então você vai conseguir escolher lugar e vai ficar bem no meio, né, safadeenho? Acha q vai ficar tudo bem?? Tsc, tsc. Ledo engano. Pois no meio do bus dá pra curtir de tudo um pouco. Se tem o prazer de sentir o inconfundível gosto do cheiro do banheiro e ainda ganhar hematomas se for aventurar uma dia ao banheiro. E se for no banheiro vai passar por o que no caminho? Sim! Pessoas dormindo
O mais interessante de tudo é que tem pessoas que dormem. Mas dormem mesmo. E dormem muito. A gente a impressão de que se fosse 49 horas de viagem ela só levantaria para tentar ir no banheiro. Talvez pra almoçar.
Minha viagem teve 23 horas e, mágica e pirilâmpicamente, nenhuma pessoa sentou ao meu lado desta vez. Sem velhos conversando sobre a vida sexual dos netos, sem vendedores de carro que viajam tanto naquela linha q já são padrinhos dos filhos dos motoristas, sem patricinhas falando besteiras no celular e implorando pra mãe comprar uma sandália usando o argumento “todas minhas amigas tem”, enfim, sem nada disso. Minha viagem foi calma. Foi eu, meus pensamentos e meu MP3 que, como o MP3 de todas pessoas, nunca consegue acabar uma viajem sem terminar a bateria. E justamente na música preferida. Acho q os fabricantes de MP3 tem convenio com as empresas de ônibus, não acho normal a bateria durar sempre 40% da viagem.




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